Liderada pela Canary, Dragoneer e Rainfall, a rodada foi fechada em outubro com objetivo de tirar o negócio do papel
A 180º Seguros, startup fundada em 2020 por ex-funcionários do Nubank e do Banco Santander, anunciou nesta quarta-feira (05/05) um aporte de R$ 44 milhões. Liderada pela Canary, Dragoneer e Rainfall, a rodada foi fechada em outubro, liquidada nos últimos meses, e divulgada agora. O dinheiro serviu para tirar a insurtech do papel, que nasceu com o propósito de conectar seguradoras e empresas de assistência aos consumidores por meio da tecnologia.
Os fundadores são Mauro Levi D’Ancona, Alex Körner, e Franco Lamping. D’Ancona e Lamping saíram de uma experiência de mais de quatro anos no Nubank para se juntar a Körner, que trabalhou por quase três anos na área de seguros do Banco Santander. Juntos, lançam oficialmente a plataforma neste mês de maio. No entanto, a solução da startup já nasce com mais de 20 clientes em seu portfólio, que inclui empresas do setor imobiliário, unicórnios e varejistas.
Não foi diferente em relação ao investimento recebido pela companhia. Quando D’Ancona decidiu empreender, apresentou a ideia a investidores que conhecia do ecossistema e saiu do papel com o aporte fechado. A rodada de R$ 44 milhões também contou com a participação dos fundos 8VC, Quartz e Norte, além de executivos do Nubank e do mercado de seguros como investidores-anjos
“Eu sempre quis empreender e estava observando o mercado de seguros há algum tempo. À medida que eu pesquisava, mais similaridades com o mercado financeiro e o papel do Nubank, por exemplo, eu notava”, diz D’ancona. As similaridades a que o empreendedor se refere são um órgão regulador do setor em busca de modernização, transparência e competição. “Era um cenário pró-negócio dentro de um setor que é gigante no Brasil”, diz.
Com base nisso, ele e os sócios conseguiram o funding, contrataram um time de mais de 20 pessoas e começaram a desenvolver o produto. A 180º Seguros cria produtos únicos com a venda de seguros para o cliente final, fazendo a “ponte” entre assistências e companhias que contratam esses serviços. Segundo o empreendedor, o modelo se chama “embedded insurance”, ou seguro embutido. Basicamente, a ideia é que a oferta seja realizada na medida que o cliente necessita do seguro, personalizando a entrega. Para isso, a empresa usa tecnologia.
Por isso, o foco do empreendedor para este ano é fechar a empresa com pelo menos 50 pessoas, o que seria o suficiente para atender os 20 clientes da 180º Seguros. “Temos muitas oportunidades pela frente. Um dos desafios é manter o foco. Não quero abraçar o mundo de uma vez só. Vamos com calma.”7